Como uma empresa projeta seus espaços diz muito sobre seus valores. Um ambiente corporativo acessível não é apenas um cumprimento de normas, é um reflexo de respeito, empatia e compromisso com a diversidade.
A arquitetura acessível vai além das rampas e banheiros adaptados. Ela busca eliminar barreiras físicas e sensoriais, garantindo que todas as pessoas possam circular, interagir e trabalhar com segurança e autonomia.
Investir em um projeto acessível é investir em qualidade de vida, produtividade e imagem institucional. Afinal, espaços planejados para todos tornam o ambiente mais funcional e acolhedor, fortalecendo a cultura inclusiva da organização.
A seguir, conheça cinco dicas de arquitetura acessível para empresas que desejam se destacar pela inclusão e cumprir não apenas a legislação, mas o papel social de promover pertencimento.
1. Planeje a acessibilidade nas empresas desde o projeto
A acessibilidade deve ser pensada desde o início do projeto arquitetônico, e não como uma adaptação posterior. Isso garante soluções integradas, eficientes e esteticamente harmônicas.
O arquiteto deve considerar as normas da ABNT NBR 9050, que define critérios técnicos para acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
Essa norma estabelece parâmetros como largura mínima de portas, inclinação de rampas, altura de corrimãos e dimensões de circulação.
Ao projetar um ambiente corporativo acessível, é importante observar:
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Circulação fluida e sem obstáculos entre setores;
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Entradas e saídas acessíveis com rampas ou plataformas elevatórias;
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Iluminação adequada, evitando áreas com sombras ou reflexos intensos;
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Espaços de convivência amplos e seguros, que estimulem interação sem exclusão.
Planejar desde o início é sempre mais econômico e eficiente do que adaptar depois.
2. Garanta rotas acessíveis e sinalização eficiente
Um ambiente acessível precisa permitir que todas as pessoas se orientem e se desloquem com autonomia.
Isso inclui não apenas rampas e elevadores, mas todo o sistema de circulação interna.
Rotas acessíveis
As rotas devem ser planas, contínuas e livres de obstáculos. Quando houver desníveis, utilize rampas com inclinação máxima de 8,33% e instale corrimãos duplos em ambos os lados.
Os pisos devem ter superfície regular e antiderrapante, tanto em áreas internas quanto externas.
Sinalização tátil e visual na acessibilidade nas empresas
A sinalização é outro ponto essencial da arquitetura acessível. Ela deve ser:
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Visual, com cores contrastantes e fontes legíveis;
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Tátil, com placas em braile e relevo;
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Podotátil, com pisos que orientem o percurso de pessoas com deficiência visual.
Além disso, as portas e elevadores devem conter sinalização em altura acessível, e o layout interno precisa ser intuitivo, evitando corredores confusos ou rotas que terminem em obstáculos.
3. Adapte banheiros e áreas comuns com conforto e segurança
Os banheiros são um dos ambientes que mais exigem atenção no projeto de arquitetura acessível corporativa.
Eles devem oferecer espaço de manobra para cadeiras de rodas, barras de apoio, pias e vasos sanitários em alturas adequadas e sinalização clara.
Boas práticas incluem:
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Instalar barras horizontais e verticais ao lado do vaso sanitário;
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Garantir espaço de no mínimo 1,50 m de diâmetro para manobra;
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Usar puxadores tipo alavanca em vez de maçanetas redondas;
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Posicionar o espelho em altura inclinada, para que possa ser utilizado por todos;
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Evitar degraus ou desníveis nas portas.
Áreas comuns — como refeitórios, salas de reunião e recepções — também devem seguir o mesmo princípio: amplo espaço de circulação, mobiliário estável e alturas acessíveis.
Esses ajustes aumentam o conforto e demonstram cuidado com todos os públicos, especialmente visitantes e colaboradores com deficiência.
4. Valorize o conforto sensorial
Acessibilidade não é apenas física — é também sensorial. Ambientes corporativos devem ser projetados para atender pessoas com diferentes percepções visuais, auditivas e cognitivas.
Iluminação e contraste
Prefira luz natural difusa e evite o excesso de reflexos. O contraste entre piso, parede e mobiliário ajuda pessoas com baixa visão a se orientarem com mais facilidade.
Acústica
Ambientes com muito ruído podem prejudicar a concentração e a compreensão de quem tem perda auditiva.
O uso de materiais que absorvem som, como painéis acústicos e tapetes, melhora a comunicação e o conforto.
Cores e texturas
Cores vibrantes podem destacar rotas de circulação, mas devem ser usadas com equilíbrio.
A variação de texturas também auxilia na orientação tátil, sem comprometer a estética do ambiente.
Pensar no conforto sensorial é fundamental para criar um espaço mais humano e funcional — algo que beneficia todos, não apenas quem tem deficiência.
5. Invista em mobiliário e tecnologia acessíveis
Um projeto de arquitetura acessível corporativa deve considerar também o mobiliário e as tecnologias utilizadas no ambiente.
No mobiliário, prefira:
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Mesas com altura ajustável ou padrão universal (entre 75 e 85 cm);
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Cadeiras ergonômicas com apoio lombar e braços;
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Balções rebaixados em áreas de atendimento;
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Estantes e armários acessíveis, com prateleiras até 1,20 m de altura.
Na tecnologia, vale incluir:
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Portas automáticas e sensores de presença;
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Sistemas de iluminação inteligente;
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Painéis informativos com voz e braile;
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Plataformas e elevadores com botões em relevo e sinal sonoro.
Essas soluções aumentam a autonomia e modernizam o ambiente, tornando-o mais inclusivo e eficiente.
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