Projeto de Acessibilidade
As barreiras físicas muitas vezes impedem o usufruto dos espaços, além de serem um risco à vida de pessoas com deficiência. Os projetos de acessibilidade visam promover a inclusão social.
Projeto de Adequação Acústica
O processo de isolamento acústico em indústrias exige um estudo das condições do ambiente, equipamentos que deverão ser isolados e quais os materiais adequados.
Projeto de Conforto Térmico
No projeto térmico define-se a constituição das paredes, pavimentos, pontes térmicas, etc de modo a melhorar o conforto térmico e a eficiência energética.
Projeto de Brigada de Incêndio e Pânico
O projeto de incêndio serve para indicar os locais onde vai ficar a iluminação de emergência, extintores, detectores de fumaça, e, o mais importante, o projeto de incêndio serve para definir proteções passivas em caso de incêndio.
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Najet Saleh
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O que é conforto térmico na arquitetura?
Você já entrou em um ambiente e sentiu um bem-estar imediato, sem precisar de ventilador, ar-condicionado ou cobertores? Isso é o que chamamos de conforto térmico, um dos pilares da arquitetura inteligente e sustentável. Neste artigo, a Medvitae Arquitetura explica o que é conforto térmico, por que ele é tão importante nas construções — especialmente no Brasil —, como ele é calculado e quais materiais e estratégias arquitetônicas são mais eficazes para alcançá-lo. O que é conforto térmico na arquitetura? Conforto térmico na arquitetura é a sensação de satisfação térmica que uma pessoa sente dentro de um ambiente, sem necessidade de aquecimento ou resfriamento artificial. Segundo a norma americana ASHRAE 55, trata-se de “um estado no qual uma pessoa expressa satisfação com as condições térmicas do ambiente em que está inserida”. Essa sensação depende de fatores como temperatura do ar, umidade, ventilação, radiação térmica, tipo de roupa usada e até atividade física. Na arquitetura, o conforto térmico é diretamente influenciado pelo projeto da edificação, escolha de materiais e técnicas de construção. Por que o conforto térmico é importante? Além de promover bem-estar e qualidade de vida, o conforto térmico influencia diretamente a produtividade e saúde das pessoas. Pesquisas já mostram que a ausência de conforto térmico pode reduzir a performance de trabalhadores em até 30%. Do ponto de vista econômico, por outro lado, uma obra mal planejada termicamente gera gastos elevados com energia elétrica, devido ao uso contínuo de climatizadores, ventiladores e aquecedores. Ou seja: ao garantir conforto térmico desde a concepção do projeto, você economiza, valoriza o imóvel e ainda colabora com o meio ambiente. Como calcular o conforto térmico na construção civil? A avaliação do conforto térmico, por sua vez, pode acabar realizada por diferentes normas e métodos. No Brasil, a principal referência é a NBR 15.220, que trata do desempenho térmico de edificações residenciais. Ela oferece diretrizes de cálculo e recomendações práticas, considerando fatores como: Zona bioclimática da região; Trocas térmicas de paredes, coberturas e pisos; Ventilação natural; Sombreamento. Profissionais da área também podem usar softwares de simulação térmica ou consultar normas internacionais como a própria ASHRAE 55. Estratégias arquitetônicas para alcançar conforto térmico Por fim, vale saber que a arquitetura tem papel fundamental no conforto térmico dos ambientes. Um bom projeto considera orientação solar, ventilação cruzada, sombreamento, materiais com isolamento térmico e uso inteligente da vegetação. Veja as principais estratégias e soluções: 1. Telhado com isolamento térmico A cobertura é o primeiro ponto de contato com o calor do sol. Telhas com alta refletância ou isolamento são essenciais para garantir conforto térmico. As melhores opções incluem: Telha termoacústica (telha sanduíche): composta por duas camadas metálicas e um isolante interno (como PU ou EPS), reduz trocas térmicas e ruídos. Telhas metálicas: leves e com alta durabilidade, especialmente quando feitas de aço galvalume. Telhas translúcidas (telha de claridade): ajudam na entrada de luz natural e, quando bem aplicadas, contribuem para equilíbrio térmico e economia de energia. 2. Ventilação cruzada Consiste em posicionar portas, janelas e aberturas de forma oposta no ambiente, facilitando o fluxo natural de ar. Essa técnica reduz o calor acumulado e melhora a qualidade do ar interno. 3. Isolamento térmico nas paredes Materiais como drywall com lã de rocha, blocos térmicos ou painéis de EPS são excelentes para manter a temperatura estável no interior da edificação. 4. Uso de elementos vazados e brises Cobogós, brises e muxarabis ajudam a criar sombra, controlar a entrada de luz e permitem ventilação contínua, além de valor estético ao projeto. 5. Telhado verde e fachadas vegetadas Essas soluções naturais absorvem menos calor e ainda melhoram o microclima ao redor da construção, sendo ideais para cidades com altas temperaturas. 6. Orientação solar do projeto Planejar a posição de cômodos e aberturas com base na trajetória solar é fundamental. Isso garante que os ambientes mais utilizados no dia fiquem em áreas com menos incidência direta de sol nos horários mais quentes. Na Medvitae Arquitetura, o conforto térmico é levado a sério desde o primeiro traço do projeto. Unimos estética, funcionalidade e sustentabilidade para criar espaços mais agradáveis, eficientes, acessíveis e saudáveis. Se você deseja uma obra com menor gasto energético e mais qualidade de vida, fale com a nossa equipe e veja como podemos transformar seu espaço em um verdadeiro refúgio térmico. 👉 Entre em contato com a Medvitae Arquitetura e agende uma consultoria personalizada.
4 projetos desenvolvidos pela MedVitae Arquitetura que talvez você não saiba
A MedVitae Arquitetura é uma empresa que atua com foco em soluções técnicas voltadas à adequação de espaços industriais, comerciais e institucionais. Com sede no Paraná, ela tem se destacado por desenvolver projetos que atendem às exigências legais e promovem mais segurança, acessibilidade e conforto nos ambientes de trabalho. Por isso, neste conteúdo, destacamos quatro deles que se destacam pela relevância na rotina de empresas comprometidas com o bem-estar de seus colaboradores e a conformidade com as normas técnicas. Veja quais são! 1. Projeto de Adequação Acústica na MedVitae Arquitetura Ambientes com ruídos excessivos podem afetar a saúde e o desempenho dos trabalhadores, principalmente em áreas industriais. O Projeto de Adequação Acústica da MedVitae Arquitetura, por outro lado, pretende reduzir os impactos sonoros e melhorar as condições do ambiente de trabalho. A proposta envolve estudos técnicos para identificação de fontes de ruído, avaliação dos níveis sonoros e indicação de soluções como barreiras acústicas, revestimentos ou enclausuramento de equipamentos. Também busca garantir mais conforto e cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho. 2. Projeto de Acessibilidade A acessibilidade é um dos pilares de um ambiente inclusivo. O Projeto de Acessibilidade da MedVitae, por sua vez, busca eliminar barreiras físicas e adaptar os espaços para que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam transitar com autonomia e segurança. Rampas, corrimãos, sinalização tátil e adequação de banheiros são alguns dos elementos analisados. Esse tipo de projeto segue a legislação vigente e também demonstra o compromisso da empresa com a inclusão social. Além a empresa também está apta a gerar o laudo de acessibilidade. 3. Projeto de Conforto Térmico Temperaturas inadequadas influenciam diretamente na produtividade e na saúde de quem trabalha em ambientes fechados ou industriais. O Projeto de Conforto Térmico, desenvolvido pela Medvitae Arquitetura, propõe soluções que equilibram a temperatura interna dos espaços de forma eficiente, considerando fatores como materiais construtivos, ventilação natural, sombreamento e até a localização geográfica do imóvel. A proposta é oferecer um ambiente mais agradável e funcional, reduzindo a necessidade de sistemas artificiais de climatização e promovendo a eficiência energética. 4. Projeto de Brigada de Incêndio e Pânico Por fim, vale saber que a segurança contra incêndios acaba fundamental em qualquer tipo de edificação. O Projeto de Brigada de Incêndio e Pânico envolve o planejamento e a organização de medidas de prevenção e combate a incêndios, com base nas normas do Corpo de Bombeiros. Isso inclui a definição das rotas de fuga, localização de extintores, sinalização de emergência, saídas de evacuação e pontos de encontro. Além disso, também pode abranger treinamentos e planos de ação para situações de emergência, contribuindo para a segurança coletiva dos ocupantes do edifício. Esses quatro projetos exemplificam a proposta da MedVitae Arquitetura de alinhar design técnico, funcionalidade e conformidade normativa. Para empresas que buscam ambientes mais eficientes, seguros e adaptados às necessidades dos usuários, essas soluções podem representar um diferencial importante. Converse agora mesmo com a nossa equipe!
Isolamento Acústico na Indústria: A importância de investir nele
O ruído excessivo não é apenas um incômodo — ele é um risco real à saúde e à produtividade da Indústria e investir no isolamento acústico nela acaba essencial. Máquinas pesadas, motores, ventiladores industriais e linhas de produção contínua produzem níveis de som que, quando não controlados, podem comprometer a audição dos trabalhadores, gerar desconforto e até violar normas legais. Por isso, neste conteúdo, a Medvitae Arquitetura aborda o assunto e explica mais sobre ela a seguir! O que é isolamento acústico industrial? O isolamento acústico é um conjunto de técnicas e materiais utilizados para impedir que o som se propague entre ambientes. No setor industrial, esse recurso acaba essencial para reduzir a transmissão de ruídos tanto internamente (entre setores) quanto externamente (em respeito à comunidade ao redor). Ao contrário do que muitos pensam, não se trata apenas de “abafar” o som. O isolamento eficaz envolve estudo técnico, análise das fontes de ruído, escolha de materiais adequados e integração com a arquitetura do espaço. É uma solução personalizada para garantir conforto sonoro e cumprimento das normas regulamentadoras. Por que o ruído é um problema sério? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição prolongada a ruídos acima de 85 decibéis pode causar perda auditiva permanente. No Brasil, a NR-15 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho) estabelece limites de tolerância à exposição ao ruído contínuo ou intermitente. Empresas que não cumprem essas exigências estão sujeitas a multas, ações trabalhistas e afastamentos de funcionários. Além dos riscos à saúde, o ruído excessivo prejudica a concentração, aumenta o estresse, reduz a produtividade e pode gerar falhas operacionais, principalmente em setores que exigem atenção constante. Benefícios do isolamento acústico na indústria Investir em isolamento acústico, por sua vez, traz vantagens práticas e estratégicas para qualquer tipo de indústria. Veja alguns dos principais benefícios: 1. Segurança e saúde ocupacional Reduzir o nível de ruído, protege a saúde auditiva dos colaboradores, diminui o risco de doenças ocupacionais e melhora o bem-estar no ambiente de trabalho. 2. Conformidade legal A adequação às normas regulamentadoras evita penalidades e demonstra o compromisso da empresa com as boas práticas de gestão. 3. Aumento da produtividade Ambientes mais silenciosos favorecem a concentração, melhoram a comunicação interna e contribuem para um desempenho mais eficiente. 4. Preservação da imagem institucional Empresas que respeitam limites de emissão sonora mostram responsabilidade social, especialmente em áreas urbanas, onde a poluição sonora pode afetar moradores vizinhos. 5. Valorização da infraestrutura O projeto de isolamento acústico também valoriza a planta da fábrica ou galpão, tornando o espaço mais moderno, confortável e adaptado a futuras ampliações. Soluções possíveis de isolamento acústico industrial Existem diversas soluções técnicas para controle de ruído, que devem ser aplicadas conforme o tipo de equipamento e layout do ambiente: Barreiras acústicas entre máquinas e áreas de circulação. Cabines acústicas para enclausurar equipamentos ruidosos. Tratamentos de forro e paredes com mantas e painéis isolantes. Pisos flutuantes para reduzir a vibração. Vedação de portas e janelas industriais. A escolha ideal depende de uma análise técnica especializada, considerando as fontes e as rotas de propagação do som. Invista em conforto, segurança e desempenho com a MedVitae Arquitetura Na MedVitae Arquitetura, oferecemos soluções personalizadas de isolamento acústico industrial, com projetos que combinam eficiência, inovação e conformidade com as normas de segurança. Nossa equipe técnica realiza diagnósticos completos e desenvolve projetos sob medida para cada tipo de indústria. Quer transformar o ambiente da sua empresa e garantir mais saúde e produtividade para sua equipe? 👉 Fale agora com a MedVitae Arquitetura e descubra como podemos ajudar sua indústria a evoluir com conforto e segurança acústica.
Arquitetura Inclusiva: sua importância nos escritórios corporativos
Nos ambientes de trabalho, a acessibilidade não deve ser tratada como um item adicional ou de conformidade normativa. A arquitetura inclusiva, quando incorporada desde a concepção dos espaços, transforma o ambiente corporativo em uma estrutura funcional para todos — com ou sem deficiência, permanentes ou temporárias, físicas, sensoriais ou cognitivas. Cada vez mais, a presença de uma força de trabalho diversa exige que os escritórios sejam projetados para refletir essa pluralidade. A arquitetura tem papel central nesse processo: cria ou limita oportunidades, promove ou exclui, facilita ou impede a autonomia. É nesse ponto que o design universal e os princípios da inclusão arquitetônica se tornam essenciais. A seguir, a Medvitae Arquitetura explora melhor o assunto. Acompanhe. O que é arquitetura inclusiva e por que ela importa A arquitetura inclusiva não se limita à instalação de rampas ou banheiros acessíveis. Trata-se de uma abordagem projetual ampla que considera, desde o início, a diversidade de corpos, capacidades e modos de percepção. É baseada no conceito de design universal, que busca soluções que funcionem para o maior número possível de pessoas sem a necessidade de adaptações posteriores. No contexto corporativo, essa abordagem representa um avanço importante no reconhecimento das diferenças individuais como parte da normalidade. Além de atender à Lei Brasileira de Inclusão (LBI), aplicar os princípios da arquitetura inclusiva demonstra um posicionamento ético e estratégico das organizações em relação à diversidade humana. Escritórios pensados sob essa lógica favorecem a autonomia, a igualdade de participação e a permanência de diferentes perfis de profissionais, sem exclusões implícitas. Como aplicar inclusão nos escritórios corporativos A implantação efetiva de um ambiente corporativo inclusivo, por sua vez, requer medidas combinadas em diferentes dimensões da arquitetura: física, sensorial e cognitiva. Na prática, isso envolve desde as dimensões e posicionamento do mobiliário até as características dos materiais, das cores, da iluminação e da sinalização. Na acessibilidade física, por exemplo, destacam-se elementos como rampas com inclinação adequada, corrimãos duplos, portas largas com abertura automática, corredores com circulação fluida, banheiros adaptados com barras de apoio e pias suspensas, entre outros. O mobiliário precisa considerar variações de altura, apoio lombar, espaço para cadeiras de rodas e opções modulares para reorganização do layout. No campo sensorial, é essencial o uso de sinalização visual e tátil combinada, contrastes cromáticos para facilitar a leitura visual, sinalização em braille e dispositivos sonoros. Softwares leitores de tela, sistemas de amplificação sonora, legendas e intérpretes de Libras completam o conjunto de recursos que garantem acesso às informações. A acessibilidade cognitiva, frequentemente negligenciada, é igualmente relevante. Espaços com layout previsível, organização clara, redução de estímulos excessivos e sinalização direta com pictogramas facilitam o uso por pessoas com deficiência intelectual, neurodivergências ou transtornos do espectro autista. A combinação entre diferentes formas de apresentar a informação (visual, sonora, tátil) amplia a compreensão e reduz as barreiras subjetivas. Os ganhos reais para as empresas Empresas que incorporam esses princípios colhem benefícios que vão além da inclusão social. A arquitetura inclusiva impacta diretamente a produtividade, o engajamento e o bem-estar das equipes. Ao remover obstáculos físicos e perceptivos, por outro lado, cria-se um ambiente mais confortável e funcional para todos — inclusive para quem não se encaixa em um perfil com deficiência formalmente reconhecida. A retenção de talentos também acaba influenciada. Funcionários que se sentem respeitados em sua individualidade tendem a permanecer em empresas que proporcionam condições adequadas de trabalho. Além disso, a reputação da marca é fortalecida. Organizações com práticas inclusivas são percebidas como mais responsáveis, modernas e preparadas para lidar com os desafios sociais contemporâneos. Estudos reforçam essa correlação. Segundo a Accenture, empresas líderes em inclusão superam concorrentes em até 30% no desempenho financeiro. Isso evidencia que os ganhos não são apenas simbólicos, mas concretos e mensuráveis, refletindo-se na performance corporativa. Exemplos práticos no mercado Diversas empresas têm investido em soluções estruturais que incorporam a inclusão desde a base do projeto. A Microsoft, por exemplo, desenvolveu um programa específico de design inclusivo que orienta desde os espaços físicos até os produtos digitais. Em seus escritórios, o layout é adaptável, os ambientes possuem sinalização acessível e há suporte com tecnologias assistivas para diversos tipos de deficiência. A Salesforce Tower integrou rampas, sinalização tátil e sonora, mobiliário regulável e sistemas de acessibilidade digital para seus colaboradores. Já a IBM criou um centro de acessibilidade que atua na integração entre arquitetura, tecnologia e políticas internas de inclusão, refletindo esses princípios em seus espaços de trabalho. Esses exemplos mostram que a inclusão não precisa ser uma intervenção pontual ou corretiva, mas pode — e deve — ser uma diretriz orientadora dos projetos arquitetônicos corporativos. Obstáculos enfrentados na implementação da arquitetura inclusiva Apesar da clareza dos benefícios, ainda há barreiras relevantes à implementação da arquitetura inclusiva. O primeiro obstáculo, por exemplo, envolve o custo. Projetar ou adaptar escritórios com recursos acessíveis exige investimento em infraestrutura, equipamentos especializados e capacitação técnica. Além disso, há o desafio da qualificação profissional: muitos arquitetos, engenheiros e gestores de facilities não foram formados para considerar critérios de acessibilidade de forma integrada. A ausência de conhecimento técnico leva a decisões ineficazes ou soluções genéricas que não atendem às necessidades reais dos usuários. A cultura organizacional também acaba um fator crítico. Empresas que não priorizam a inclusão em seus valores e práticas acabam tratando a acessibilidade como um requisito secundário. Essa negligência se reflete nos espaços: ambientes padronizados, com limitações de uso e pouca atenção às diferenças humanas. Caminhos para tornar o projeto viável Por fim, para superar essas barreiras, acaba necessário construir um planejamento estratégico que envolva diferentes áreas da empresa. Isso começa pela definição de orçamento específico para ações de acessibilidade, inclusive prevendo incentivos fiscais ou parcerias públicas quando disponíveis. A formação continuada das equipes de arquitetura, engenharia, RH e liderança é outro fator essencial. O entendimento dos conceitos de inclusão precisa ser aprofundado e disseminado entre todos os envolvidos no ciclo de decisão e implementação. Além disso, a escuta ativa das pessoas com deficiência e demais usuários com necessidades específicas deve orientar os ajustes no ambiente. A criação de
O que é um laudo de acessibilidade?
Em um país onde cerca de 18 milhões de pessoas convivem com algum tipo de deficiência, segundo relatório do IBGE, a acessibilidade deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência legal e social. O laudo de acessibilidade, por outro lado, surge como instrumento técnico para garantir que os espaços construídos estejam preparados para receber a todos, sem barreiras físicas ou comunicacionais. Por isso, neste conteúdo, a Medvitae Arquitetura explica de fato o que é esse tipo de laudo, para que ele serve, o que é avaliado e quem pode emiti-lo. Acompanhe. O que é um Laudo de Acessibilidade? O laudo de acessibilidade é um documento técnico elaborado por um profissional habilitado com a finalidade de avaliar se uma edificação — pública ou privada — atende aos critérios de acessibilidade definidos por norma técnica e legislação vigente. A acessibilidade, nesse contexto, diz respeito à possibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida usufruírem do espaço com segurança, autonomia e dignidade. O documento não se limita a uma verificação superficial. Ele acaba como um resultado de uma vistoria detalhada que identifica pontos de não conformidade e apresenta orientações técnicas para que o imóvel se adeque às exigências legais. A base normativa para essa avaliação está principalmente na NBR 9050 (da ABNT), além de dispositivos da Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146/2015). O que é avaliado na vistoria? Durante a vistoria, acabam analisados todos os elementos do ambiente que impactam a acessibilidade física, visual, auditiva ou cognitiva. O profissional responsável verifica a existência (ou ausência) de rotas acessíveis que conectem entradas, ambientes internos e espaços externos. Além disso, avalia-se a largura de corredores, portas, inclinação de rampas, degraus, altura de balcões e mobiliário, bem como o acesso a sanitários e vestiários. Outros aspectos fundamentais incluem: Vagas de estacionamento reservadas e sinalizadas corretamente. Calçadas com piso tátil direcional e de alerta, rebaixamento de guias e ausência de obstáculos. Presença de sinalização acessível (visual, sonora ou tátil) para pessoas com deficiência auditiva e visual. Escadas com corrimãos em dois níveis e guarda-corpos adequados. Materiais de acabamento que não comprometam a segurança de circulação. Vale pontuar que as não conformidades acabam registradas com base na norma técnica, e o laudo aponta, de forma técnica e objetiva, quais adequações devem acabar realizadas para tornar o local acessível. Para que serve esse tipo de laudo? O laudo de acessibilidade tem como principal função diagnosticar se um espaço construído está em conformidade com os padrões legais de acessibilidade. Além de atender à legislação, ele serve de base técnica para orientar intervenções de adaptação arquitetônica. Sem esse diagnóstico, é inviável garantir que um imóvel esteja apto a receber todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas. Do ponto de vista jurídico, o laudo é exigido para regularização de imóveis, emissão de alvarás de funcionamento, aprovação de projetos em órgãos públicos e obtenção de licenças. Do ponto de vista social, ele contribui para que empresas, condomínios e instituições promovam ambientes inclusivos. Quando o laudo de acessibilidade é exigido? Vale pontuar que o laudo de acessibilidade acaba exigido em diversas situações. Entre elas estão: Novas edificações, no momento de aprovação e licenciamento junto a prefeituras e órgãos de fiscalização. Imóveis existentes que desejam obter ou renovar alvará de funcionamento. Processos de regularização fundiária ou mudanças de uso do imóvel. Adequações exigidas por auto de infração, denúncia ou recomendação de órgãos públicos. Além das obrigações legais, algumas empresas optam por elaborar o laudo de forma preventiva, como parte de suas políticas de responsabilidade social ou para atender normas internas de acessibilidade corporativa. Quem pode emitir? Por fim, vale saber que a elaboração do laudo de acessibilidade é uma atribuição exclusiva de profissionais legalmente habilitados: engenheiros ou arquitetos com registro no respectivo conselho de classe (CREA ou CAU). A emissão do documento deve estar acompanhada de uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) ou RRT (Registro de Responsabilidade Técnica), o que garante a validade legal do conteúdo. A contratação de um profissional especializado em acessibilidade, por sua vez, acaba recomendada, pois esse conhecimento específico é essencial para interpretar corretamente as exigências da norma NBR 9050, identificar as inconformidades com precisão e propor soluções viáveis para a adequação do espaço. A Medvitae Arquitetura tem essa especialização. Converse com a nossa equipe agora mesmo pelo WhatsApp!
Acessibilidade na Hotelaria: como se adequar para melhorar a experiência do consumidor PCD
A acessibilidade na Hotelaria ainda é pouco explorada, porém um direito fundamental para garantir que pessoas com deficiência possam usufruir dos serviços de hospedagem de forma plena e autônoma. Em hotéis, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e outras regulamentações estabelecem diretrizes claras para adaptar os estabelecimentos de hospedagem às necessidades dessas pessoas. Por isso, hoje vamos explorar melhor o assunto e entender como se adequar. Importância da Acessibilidade na Hotelaria Antes de compreender de fato o que se é necessário desenvolver para se obter acessibilidade em uma hotelaria, vale entender a importância dela atualmente. Dados recentes do Ministério do Turismo, por exemplo, destacam desafios e oportunidades no turismo para pessoas com deficiência no Brasil. Em 2023, 53,5% dos turistas com deficiência deixaram de viajar para destinos nacionais devido à falta de acessibilidade. A maioria desses turistas são mulheres (64,4%), com idade entre 41 e 50 anos (24,3%), e residentes na região Sudeste (49,1%). Além disso, 49% costumam viajar acompanhados. A pesquisa também revelou que 23,39% dos participantes possuem renda própria de até um salário mínimo, enquanto 21,30% têm renda superior a seis salários mínimos. Isso indica que, apesar das limitações de acessibilidade, há um segmento significativo com potencial econômico para o setor turístico. No cenário internacional, estima-se que 70% das pessoas com deficiência na Europa tenham capacidade financeira e física para viajar, representando um mercado potencial de 27 milhões de viajantes. Esses dados reforçam a importância de investimentos em infraestrutura e serviços acessíveis para atender a essa demanda crescente e promover a inclusão no turismo. Como adequar a Acessibilidade na Hotelaria Após saber o quanto a falta de acessibilidade tem afetado o público em potencial, fica claro que hotéis ainda precisam melhorar seus ambientes para se tornarem mais inclusos. E como se adequar? A seguir a Medvitae Arquitetura selecionou alguns pontos a serem considerados. Para meios de hospedagem já existentes Os estabelecimentos construídos até 29 de junho de 2004 devem observar exigências específicas para garantir a acessibilidade, tanto nos dormitórios quanto nas áreas comuns. Assim, se o hotel já existe há um bom tempo será necessário adequar principalmente quartos e áreas comuns. Segundo as regras, é necessário que 10% dos dormitórios sejam acessíveis. Desses, ao menos 5% devem seguir as especificações construtivas detalhadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), como dimensões adequadas para acesso e circulação, banheiros acessíveis, chuveiros com barras deslizantes, e sistemas de comunicação acessíveis (como campainhas sonoras e luminosas). O restante dos 10% pode contar com ajudas técnicas, como barras de apoio no chuveiro e dispositivos de amplificação de som. As áreas comuns, como recepção, garagens, elevadores e restaurantes, por outro lado, também devem ser adaptadas para garantir o acesso de pessoas com deficiência. No entanto, caso seja impossível cumprir integralmente as normas de acessibilidade, o estabelecimento deverá adotar medidas compensatórias, como o uso de dispositivos móveis com chamada em vídeo ou a disponibilização de informações em braile. Se a adaptação completa for inviável, o estabelecimento pode realizar adaptações razoáveis. Isso inclui a redução proporcional das exigências para os dormitórios, desde que atenda, ao menos, 2% dos dormitórios com as especificações de acessibilidade. O prazo para adequação dessas normas era até 3 de dezembro de 2024, conforme o Decreto nº 11.303, de 22 de dezembro de 2002. Assim, se você ainda não se adequou pode levar multa em uma possível fiscalização. Estabelecimentos que foram construídos ou reformados após 2004, mas até 2018, por outro lado, devem cumprir as mesmas exigências descritas para os meios de hospedagem já existentes. A proporção de 10% de dormitórios acessíveis é a mesma, mas a distribuição de características e recursos de acessibilidade varia conforme a tipologia do dormitório. Projetos protocolados após janeiro de 2018 Para os projetos protocolados após 2018, a exigência de acessibilidade se torna ainda mais rigorosa. Além de 10% dos dormitórios serem acessíveis, 5% devem cumprir requisitos construtivos específicos, enquanto os outros 95% podem contar com recursos de acessibilidade, como ajudas técnicas. Esses dormitórios devem ser distribuídos por todos os níveis do estabelecimento, e a distribuição deve seguir uma rota acessível, evitando a segregação das pessoas com deficiência. Microempresas e empresas de pequeno porte recebem um tratamento diferenciado e simplificado, conforme estabelecido pela Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência. O Decreto nº 9.405, de 11 de junho de 2018, traz regras específicas para esses tipos de empreendimentos, buscando viabilizar a implementação das normas de acessibilidade de forma proporcional e adaptada à realidade dessas empresas. Em casos em que as adaptações exigidas pela legislação não acabem viáveis devido a limitações técnicas, há alternativas previstas pelo Projeto de Lei 230/2019. O estabelecimento poderá oferecer um desconto de 10% no valor da diária para pessoas com deficiência, caso o laudo técnico comprove a impossibilidade de adaptação devido a riscos estruturais. Essa alternativa é uma forma de equilibrar a inclusão com a viabilidade técnica. Ainda não tem um laudo de acessibilidade? Converse agora mesmo com um consultor especializado.
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